domingo, 23 de novembro de 2008

NOVO BLOG

Olá a todos, esse blog mudou defitivamente para o blog Consumindo Palavras
http://consumindopalavras.wordpress.com

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O tempo do meu dia

C-a-d-a dia a MAIS é um dia a menos
C-a-d-a dia que vai é um que veio.



Yvone Delpoio

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Egocentrismo

O orgulho que tenho é tão imenso,
Que não há quem caiba no peito.
Só, sigo meu caminho.
Com o olhar sempre acima da linha do meio,
E se o abaixo, é meu umbigo que vejo.
Mesmo com tal arrogância,
A mim já chegaram dispostos amigos.
Ontem mesmo,
O ego veio falar comigo:
“Você se acha o dono do mundo,
Mas vive a chorar escondido.
Se não aceitar o amor que tenho,
No túmulo morrerá sozinho!”
Quanta petulância me dizer isso
Sem temer o perigo.
Só lhe dei importância,
Pois sem meu ego
Sei que não existo.



Yvone Delpoio

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Música: O Retorno de Saturno (Detonautas Roque Clube)

Visão do espaço estamos tão distantes
Se acelero os passos sigo a voz do meu coração.
Ontem eu fui dormir mais tarde um pouco.
E tudo vai indo bem...
Venço o cansaço e medo do futuro.
No seu abraço é que encontro a cura do mal
Hoje eu acordei e te quis por perto.

Você não sai do meu pensamento
E eu me questiono aqui se isso é normal.

Não precisa ser de novo assim tudo igual.

Entre o retorno de Saturno e o seu,
Busco uma resposta que acalme o meu coração.
Do amanhã não sei o que posso esperar.

Você não sai do meu pensamento
E eu me pergunto aqui, se o natural
Vai dizer que o amor chegou no final.
Não precisa ser de novo assim tudo igual.


(Tico Santa Cruz)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Poesia: Quem, eu? (Yvone Delpoio)

Eu sou o hoje, eu sou agora.
Aquilo que fui já não importa.
E não serei a mesma em outra hora.
Ontem fui na pressa.
Sem saber o que seria de mim.
Hoje sou poeta.
Sem saber o que é de mim.
Amanhã o que me resta?
Ser um pouco mais assado,
Um pouco menos assim.
Ai de mim!
Que nunca soube do ser meu.
Sem saber do que ser,
Como é que vou responder
Quem sou eu?


Yvone Delpoio

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Poesia: Dia Cinza (Yvone Delpoio)

Hoje o dia estava cinza.
Não havia céu azul.
Não havia borboletas.
Não havia crianças brincando no parque.

Hoje o dia estava cinza.
Não havia poesia.
Não havia alegria.
Beleza, eu não via.

Hoje o dia estava cinza.
Havia fumaça.
Havia helicóptero.
Havia crianças pedindo esmolas.

Hoje o dia estava cinza.
Havia violência.
Havia dor. Havia pobreza.
Tristeza era o que eu via.

Hoje o dia estava cinza.
E em todo canto do mundo
Há alguém que foi e não volta mais.

Hoje o dia estava cinza.
As nuvens estavam tristes,
E na chuva eu chorei pelas ruas.

Hoje o dia estava cinza.
E eu me perdi como aqueles
Que não têm pra onde ir.

Hoje o dia estava cinza.
As estrelas mais bonitas
Esqueceram de brilhar.

Hoje o dia estava cinza.
A noite está vazia,
Pois no céu lua não há.

Hoje o dia estava cinza,
Quando eu queria cor.

Hoje o dia estava cinza,
Pois não tenho meu amor.

E de tudo que de nós havia
Um dia cinza ele deixou.


Yvone Delpoio

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Poesia: GHOST (Yvone Delpoio)

GHOST

À noite
Cada vez mais fria
Eu tenho andado
Ao lado de fantasmas
Como companhia
Venho fantasiado estórias
Que você não faz parte
De romance e cor
Estou mais perto
De um cemitério escuro
Pessoas vêm e vão
Cruzando esquinas
Nunca alcançam essa linha
Nem mesmo sabem
O caminho
Daqui de dentro
Você fez tão certo
E criou um labirinto
Eles tentam uma chance
Que há tantos obstáculos
Perdem-se e eu perco
Outra vez
A chance
No jogo de xadrez
Não ganha ninguém
Você voou livre
Eu fingi criar asas
Menti dizendo
Nascer amantes
Apenas
Vultos e sombras
Deslumbrantes
No pensamento
Companheiros fantasmas
Eu coloquei no paraíso
Prazer e orgasmo fingido
Até lá nada era tão bonito
Não chegava
Nem perto da verdade
Até no sonho
Minha mão não alcança
A realidade
Estava mais clara
Que a luz do sol
Que ousa nascer agora
É tão forte que me cega
Ter que recomeçar
Essa brincadeira
Não tem mais graça
Deveria parar de revirar
A chama
Cada vez mais perigosa
Eu aprendo
Com a curiosidade
Mesmo já tendo
Ferido com a brasa
Não há problema
Não há faísca
Naquele fantasma.

Yvone Delpoio

domingo, 24 de agosto de 2008

Música: O Amor É Feio (Tribalistas)

O amor é feio
tem cara de vício
anda pela estrada
não tem compromisso

O amor é isso
tem cara de bicho
por deixar meu bem
jogado no lixo

O amor é sujo
tem cheiro de mijo
ele mete medo
vou lhe tirar disso

O amor é lindo

O amor é lindo
faz o impossível
o amor é graça
ele dá e passa

O amor é livre

Música: Tô (Tom Zé)

Tô bem de baixo, pra poder subir
Tô bem de cima pra poder cair
Tô dividindo pra poder sobrar
Desperdiçando pra poder faltar
Devagarinho pra poder caber
Bem de leve pra não perdoar
Tô estudando pra saber ignorar
Eu tô aqui comendo para vomitar

Eu tô te explicando pra te confundir,
Eu tô te confundindo pra te esclarecer,
Tô iluminado pra poder cegar,
Tô ficando cego pra poder guiar

Suavemente pra poder rasgar
Com o olho fechado pra te ver melhor
Com alegria pra poder chorar
Desesperado pra ter paciência
Carinhoso pra poder ferir
Lentamente pra não atrasar
Atrás da vida pra poder morrer
Eu tô me despedindo pra poder voltar

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Música: Bloco de Notas - Whiter's Block (Just Jack)

Eu peguei esse bloco de notas
Isso veio quase como um choque
E agora estou paralisado entre um lugar pesado e o maior rock
Na minha própria cabeça esgotada,
Eu sento no meu quarto
É como tempestades da vida,
Ficar confuso na lágrima.
Eu sou como uma borboleta,
Pego num furacão
Meu pulso está acelerando enquanto meu coração toca um novo refrão

Estou amando Mary Jane,
Voando com Lois Lane
Ao bordo de um trem-bala
Não sei se estou contente por vir

Às vezes à noite eu penso tanto
Sobre vida e amor e música e coisas

Eu estou vivendo no passado
Meu relógio está uma hora apressado
Deveria mesmo ir embora e fazer um café, mas estou desanimado
Eu perdi meu celular
Você tem que ligar para minha casa
Pensando bem apenas deixe a mensagem quando ouvir o sinal
Minha janela encardida mostra
O brilho do amanhecer
Outro dia, outro dolar no meu show de um homem só

Estou amando Mary Jane,
Voando com Lois Lane
Ao bordo de um trem-bala
Não sei se estou contente por vir


Eu estou mal com Mary Jane,
Não falo com Lois Lane
E eu perdi aquele trem-bala
Mas agora eu estou contente por vir

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Música: LIsten Up! (The Gossip)

Preste Atenção!

Avisei você, você não acreditou em mim
Avisei você, agora você foi pego

Há algumas pessoas que você não pode confiar
Algumas pessoas que jogam muita conversa fora
Pegue meu conselho e preste atenção!
Não seja um bobo como o resto de nós
Agora preste atenção!

Ooooooh no playground
Você aprendeu muito e agora preste atenção!
Agora junte-se aqui agora
Preste atenção!
Agora junte-se aqui agora
Preste atenção!
1,2,3 tome de mim
3, 4 muita bagunça vai acontecer
4, 5 aprenda certo, a primeira vez
Conte comigo agora
1,2,3 tome de mim
3, 4 muita bagunça vai acontecer
4, 5 aprenda certo, a primeira vez
Conte comigo agora

Todo mundo conhece alguém assim
Que pega emprestado dinheiro e não te paga de volta
Eles vão falar sobre isso ao primeiro sinal
Mentir sobre isso na sua cara quando eles te pegarem
Há algumas pessoas que você simplesmente não pode confiar
Algumas pessoas jogam muita conversa fora
Pegue meu conselho e preste atenção!
Não seja um bobo como o resto de nós
Agora preste atenção!

sábado, 2 de agosto de 2008

Texto: Redação de aluna da Universidade Federal de Pernambuco*

Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal.

Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar.

O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto.

Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar.

Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto.

Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula; ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros.

Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta.

Estavam na posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.

Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.

O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.


* Não tenho informações do título e da autora do texto. Este texto é uma redação feita por uma aluna da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (Recife), que venceu um concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de Gramática Portuguesa.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Música: Quase Namorado (Almost Lover - A Fine Frenzy)

suas pontas dos dedos sobre minha pele,
as palmeiras balançando ao vento,
imagens
você canta para mim canções espanholas de ninar
a mais doce tristeza nos seus olhos
truque esperto
imagens

bem, eu nunca quiz ver você infeliz
imaginei que você não quisesse o mesmo pra mim

adeus meu quase namorado
adeus meu sonho impossível
eu estou tentando não pensar em você
você não pode apenas me deixar
até logo meu romance desafortunado
minhas costas estão viradas para você
deveria saber que você me traria dor de cabeça
quase namorados sempre dão

nós andamos por uma rua lotada
você pegou minha mão e dançou comigo,
imagens
e quando você foi embora você beijou meus lábios,
você disse que nunca, nunca esqueceria essas imagens

bem, eu nunca quiz ver você infeliz
imaginei que você não quisesse o mesmo pra mim

adeus meu quase namorado
adeus meu sonho impossível
eu estou tentando não pensar em você
você não pode apenas me deixar
até logo meu romance desafortunado
minhas costas estão viradas para você
deveria saber que você me traria dor de cabeça
quase namorados sempre dão

eu não posso ir até o oceano
não posso dirigir nas ruas a noite
não posso acordar de manhã
sem você no meu pensamento
então você se foi e eu estou sendo assombrada
eu aposto que você está muito bem
eu fiz isso assim tão fácil para
entrar e sair da minha vida?

adeus meu quase namorado
adeus meu sonho impossível
eu estou tentando não pensar em você
você não pode apenas me deixar
até logo meu romance desafortunado
minhas costas estão viradas para você
deveria saber que você me traria dor de cabeça
quase namorados sempre dão

terça-feira, 15 de julho de 2008

Música: Seu Olhar (Seu Jorge)


















Temos rotas a seguir
Podemos ir daqui pro mundo
Mas quero ficar
Porque
Quero mergulhar mais fundo

Só de me encontrar
Com seu olhar
Já muda tudo
Posso respirar você
Eu posso te enxergar
No escuro

Tem muito tempo na estrada
Muito tem
E como quem não quer nada
Você vem
Depois da onda pesada
A onda zen
É namorar na almofada
E dormir bem

Foi o seu olhar
O que me encantou
Quero um pouco mais
Desse seu amor

domingo, 13 de julho de 2008

Música: Passa Por Minha Cabeça (Sambasonics)









Tento lembrar dos traços teus
Não sei porque a gente se perdeu
Não sei porque é q a gente não se encontra mais

Ás vezes penso em você
A quanto tempo a gente não se vê
Porque que a gente não se encontrou mais

Passa por minha cabeça um monte de coisas
Se a gente se vê
Não sei se eu passo reto e te abraço
Ou passo por trás

Me arrumo pensando em te ver
Rodo a cidade em busca de você
Eu paro o carro
E saio pra te achar

Aquela esquina, o velho bar
Teu jeito displicente de andar
Tá tudo igual, só você não tá
Onde você tá?

Passa por minha cabeça um monte de coisas
Se a gente se vê
Não sei se eu passo reto e te abraço
Ou passo por trás

Onde você tá?
Onde você tá?

Onde está você?
Preciso te ver
Pra dizer que te amo
Uma última vez

Música: Menino do Rio (Caetano Veloso)

Menino do Rio
Calor que provoca arrepio
Dragão tatuado no braço
Calção, corpo aberto no espaço
Coração de eterno flerte
Adoro ver-te

Menino vadio
Tensão flutuante no Rio
Eu canto pra Deus proteger-te

O Hawai seja aqui
Tudo o que sonhares
Todos os lugares
As ondas dos mares
Pois quando eu te vejo
eu desejo o teu desejo

Menino do Rio
Calor que provoca arrepio
Toma esta canção como um beijo

terça-feira, 8 de julho de 2008

Cansei de Você!

Eu cansei de te ouvir falar bobagens,
Cansei do seu humor,
Cansei da sua mania,
Cansei de ser sua amiga,
Cansei da sua risada,
Cansei da sua resposta,
Cansei do seu bom dia.


Yvone Delpoio
(01/2007)

domingo, 29 de junho de 2008

Poema: Roubaram Minhas Palavras (Yvone Delpoio)

Palavras, não tenho mais.
Eu tenho a vontade de tê-las mais uma vez. Te falar o que há tempos venho tentando formular em frases.
Eu não tenho mais o domínio delas. Palavras aparecem avulsas e brincam com minha inteligência.
Estou tão tonta a ponto de não saber mais o que eu ia dizer.
Palavras me rodeam mas não as alcanço, elas são mais rápidas.
Ultimamente tenho andado mais devagar, como se alguém tivesse apertado o botão do DVD em que cenas rodam lentamente.
Olho a toda a hora e a hora não passa, espero você e você não passa.
Eu já não durmo mais. Procuro você na madrugada fria, uma luz para me esquentar.
Procuro sua boca, dela sempre sai palavras que me trazem sorriso.
Da minha já não sai mais nada. Elas entalam na garganta.
Eu as quero para dizer o que você não sabe.
Tenho medo de palavras erradas e você não entender mais nada.
Tenho medo de precipitar palavras. Tenho medo de perdê-lo como as perdi.
Não aguento viver sem elas. Emudecer-me.
Se já não tenho palavras para dizer. Traga-as a minha boca.
Venha a mim e as ofereça-me. Devolva-me as palavras que roubou de mim.
Enconste seus lábios no meus.
E palavras direi no seu ouvido.


Yvone Delpoio

Música: They - Tradução (Jem)

Eles

Quem criou todas as regras?
As seguimos como idiotas
Acreditando ser verdade
Sem se importar em pensar melhor

E eu sinto muito, sinto muito
Sinto muito que seja assim
Eu sinto muito, sinto muito
Sinto muito que sejamos assim

E é irônico também
Por causa do que tendemos a fazer
É agir pelo que eles falam
E então é isso mesmo

E eu sinto muito, sinto muito
Sinto muito que seja assim
Eu sinto muito, sinto muito
Sinto muito que sejamos assim

Quem são eles?
E onde estão eles?
E como eles podem possivelmente
Saber isso tudo?

Você vê o que vejo?
Por que vivemos assim?
É porque é verdade?
Ignorância é alegria?

Quem são eles?
E onde estão eles?
E como eles sabem disso tudo?
E eu sinto muito, sinto muito
Sinto muito que seja assim

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Texto: Vovô o que é....? (Yvone Delpoio)


Ela estava naquela fase cheia de perguntas. – Vovô, o que é Planeta Terra? - perguntou-a por curiosidade. O avô respondia calmamente: - É o lugar onde todos os seres humanos moram, nele há diferentes continentes com diferentes culturas. E ela voltara a perguntar: “E o que é um continente??”. O avô respondia para menina com toda paciência que tinha: “Continente, minha neta é cada parte do planeta, nele há cinco continentes com vários países cada um”. Ela pensava um tempo e logo voltara a perguntar: “E país é o quê?” E, sem cansar, ele respondia novamente: “Cada país tem uma cultura diferente, uma língua diferente, leis diferentes. Você mora no Brasil, que é um país, assim você é brasileira e é isso que designa muitos dos seus jeitos”. Pensando bem no que o avô dizia, ela então dizia: “Ah, acho que agora já entendi”.

Depois de muitos episódios parecidos, conforme a netinha ia crescendo, as perguntas também iam ficando cada vez mais difíceis. Até que um dia ela perguntou o que era o amor. A calmaria do avô sumiu no mesmo instante, como ele iria repondê-la tão incerta resposta? Quando ele estava pensando como seria a melhor forma de iniciar a conversa, a neta com sua impaciência e ansiedade, repetia sucessivamente a frase: “Vovô, vovô, o que é amor? O que é? O que é amor?”.

Resolveu explicar pela forma mais simples: abraçou-a bem forte, beijou-a no rosto e disse: “Isso é amor!”.

Ela, então, disse à ele porque ele havia demorado tanto para responder, pois era a única resposta que ele havia explicado e que ela tinha realmente entendido. E então ela o beijou no rosto e disse: “Vovô, Eu Te Amo”.


Yvone Delpoio (2006)

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Música: Trouble Sleeping (Corinne Bailey Rae)



É tarde e estou me sentindo tão cansada
Estou tendo dificuldade em dormir
Essa conciliaçao constante
Entre pensar e respirar

Pode ser que eu esteja sofrendo
Porque eu nunca me entregarei
Não diga que eu estou me apaixonando
(por favor, por favor)
Me diga que eu não pareço eu mesma
Eu não poderia culpar outra coisa?
Não diga que eu estou me apaixonando

Algum tipo de terapia, é tudo que eu preciso
(tudo que eu preciso)
Por favor acredite em mim
(por favor acredite em mim)
Algum remédio instantâneo,
que possa me curar completamente

Pode ser que eu esteja sofrendo
Porque eu nunca me entregarei
Não diga que eu estou me apaixonando
(por favor, por favor)
Me diga que eu não pareço eu mesma
Eu não poderia culpar outra coisa?
Não diga que eu estou me apaixonando

Por que eu já passei por isso antes e não é suficiente
Então ninguém diga isso
(então ninguém diga isso)
Nem diga isso (você nem diga isso)
Eu fechei meus olhos whoa não oh não, não, não

Pode ser que eu esteja sofrendo
Porque eu nunca me entregarei
Não diga que eu estou me apaixonando
(por favor, por favor)
Me diga que eu não pareço eu mesma
Eu não poderia culpar outra coisa?
Não diga que eu estou me apaixonando

Não diga que eu estou me apaixonando
Eu não poderia culpar outra coisa

Não diga, não diga
Não diga, não diga

Não diga que eu estou me apaixonando...

domingo, 8 de junho de 2008

Música: The Party - Justice


A FESTA

Deixa eu te contar o que eu faço quando meu dia acaba,
Depois de escolher as roupas certas por quase uma hora.
Ooh, eu estou ficando laranja com todos esses quilates no meu pescoço.
Esta noite, eu vou levar os brilhantes e eu estou vestida para impressionar

Eu estou me preparando para minha noite na cidade
Eu pareço quente porque você sabe o que nós estamos escondendo.
Dançando de tênis e dizendo não para saltos altos,
Porque eu posso ficar muito bêbada e não quero cair.

Nas ruas todos os taxis estão me mostrando amor,
Porque eu estou brilhando como uma princesa no meio dos brutamontes.
E nos clubes, os seguranças reconhecem meu rosto
Então enquanto você espera na fila, nós entramos logo no lugar.

Vamos começar essa festa direito,
Vamos ficar bêbados e soltos,
Você comigo, então está tudo bem,
Nós vamos ficar acordados a noite toda.

Vamos começar essa festa direito,
Vamos ficar bêbados e soltos.

Eu estou chamando todas as meninas na mesa de 3
Derrubando algumas garrafas e doces em mim.
Eu estava esperando para ficar louuuuca.

Dançando nas mesas, quebrando copos, é legal ficar safada.
Agora estamos todos prontos para sair do VIP
Eu estou bonita e consigo sentir que todos os olhos estão em mim.
Está na hora de mostrar para eles como nós somos na pista.
Então enquanto o meu DJ toca a minha música
Eu quero todas as minhas garotas na pista

Agora você sabe que eu fiz um hino para todas as minhas garotas quentes
E eu não falei sobre como nós garotas estamos levantando seus paus.
Eu estou cercada de som então porque você quer me ver cair?
Eu estou tentando me divertir muito e eu não vou atender sua ligação!

Vamos começar essa festa direito,
Vamos ficar bêbados e soltos,
Você comigo, então está tudo bem,
Nós vamos ficar acordados a noite toda.

Vamos começar essa festa direito,
Vamos ficar bêbados e soltos.

Você e eu, vem vamos para o próximo nível.
Vamos todos para a piscina do hotel enquanto nós terminamos a garrafa.
Talvez beijar e não contar, essa é a regra por aqui.
Você deve ter posto um feitiço em mim
Eu perco o controle quando você está por perto.

Vamos começar essa festa direito,
Vamos ficar bêbados e soltos,
Você comigo, então está tudo bem,
Nós vamos ficar acordados a noite toda.

Vamos começar essa festa direito,
Vamos ficar bêbados e soltos.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Música: Folhetim - Luiza Possi

Se acaso me quiseres
Sou dessas mulheres
Que só dizem sim
Por uma coisa à toa
Uma noitada boa
Um cinema, um botequim

E, se tiveres renda
Aceito uma prenda
Qualquer coisa assim
Como uma pedra falsa
Um sonho de valsa
Ou um corte de cetim

E eu te farei as vontades
Direi meias verdades
Sempre à meia luz
E te farei, vaidoso, supor
Que és o maior e que me possuis

Mas na manhã seguinte
Não conta até vinte
Te afasta de mim
Pois já não vales nada
És página virada
Descartada do meu folhetim

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Poesia: Embriaguez (Yvone Delpoio)













Se eu disser que não estou embriagada
É só mais um jeito para desconversar
Dizer que eu não estou errada
Que a culpa que eu carrego é sua
Quando na verdade a bagagem é toda minha!

Se terminou
Foi porque vacilei
Ao invés de nadar na praia, eu naufraguei
Perdi a direção e me afoguei.
O mar se encheu de lágrimas
(E de álcool também)

É sempre esse jeito que eu termino
As coisas eu liquido
A água, transformo em vinho
E não divido!
Nem deixo pro santo

Veja só meu ponto de vista
Que agora parecem dois...
Já vejo tudo dobrado:
Três copos parecem seis
Isso porque só foi uma
Não uma dose,
Mas uma garrafa de vez

Pra você ver como acabou comigo
Tá, lá vou eu de novo dizer
Que foi você
Lá vou eu de novo sofrer
Por você
Lá vou eu de novo...
Sem você

E pela ausência do corpo
Entorno o copo cheio
Vodca, pinga, rum, tequila,
Cerveja, uísque, vinho, conhaque...
Já não importa o que vem
O fígado já não distingue quem é quem

Apesar de já estar entre suicídio e vício
Agulha? Não é comigo!
Eu gosto mesmo do estado navegante
Já este efeito penetrante é rapidin
Entrou: já tô fora de mim
Não! Não! Isso não é pra mim










Eu gosto de ficar no bar, no botequim
Horas amargurando horas
E com demora!
Só de manhã eu vou embora...
E passo o dia inteiro na cama
Ando de férias da vida agora

Acordo com a sede já pedindo
Preparo meu café da tarde
Poderia ser do tipo inglês
Ou café preto talvez...
Mas acho que esse vinho é francês!
Já faz tanto tempo... Nem lembro
Mas acho que foi naquela viagem que a gente fez

Eu sempre deixo um dedinho
Esperando o resto de nós
Amanhã quem sabe não vem?
Era pro nosso aniversário
4 anos hein?

Mas já está acabando esta caixa
E o dinheiro já me falta
Para viver esse não-viver
Cedo ou tarde terei que voltar
Lembrar que sou gente
Retornar o que está derretendo

Mas só depois do último gole...
Por enquanto aproveito até a mísera gota
Que depois terei que lembrar o que já esqueci
E enfrentar com lucidez esse sóbrio fim



Yvone Delpoio

quinta-feira, 13 de março de 2008

St. Patrick´s Day - John Mayer (*especial*)

Here, comes the cold.
Break out the winter clothes
And find a love to call your own.

You...enter you.
Your cheeks a shade of pink
And the rest of you in powder blue.

Who knows, what will be?
But I'll make you this guarantee...

No way November will see our goodbyes
When it comes to December it's obvious why
No one wants to be alone at Christmas time

In the dark, on the phone,
You tell me the names of your brothers
And your favorite colors...I'm learning you.

And when, it snows again
We'll take a walk outside
And search the sky, like children do (I'll say
to you..)

No way November will see our goodbyes
When it comes to December it's obvious why.
No one wants to be alone at Chrismas time.
Come January, we're frozen inside.
Making new resolutions a hundred times
February won't you be my valentine?
And we'll both be safe till St. Patrick's day.

We should take a ride tonight around the town
And look around at all the beautiful houses.
Something in the way the blue light's on the black
night
Can make you feel more

Everybody it seems to me,
Just wants to be, just like you and me

No one wants to be alone at Christmas time
Come January we're frozen inside
Making new resolutions a hundred times.
February won't you be my valentine?

And if our always is all that we gave
And we someday, take that away
I'll be alright...if it was just till St. Patrick's
Day.


aqui, vem o frio
tirando as roupas de inverno
e encontrar um amor pra chamar de seu

você... entrar você
suas bochechas um tom de rosa
e o resto de você um vigor azul

quem sabe o que será?
mas eu vou te garantir

de nenhum jeito novembro verá nossos adeus
quando chegar dezembro é óbvio o porque
ninguém quer ficar sozinho na época de natal

no escuro, no telefone,
você me diz os nomes de seus irmãos
e suas cores favoritas.. estou aprendendo você

e quando nevar de novo
nós vamos dar um passeio lá fora
e procurar o céu como uma criança faz (vou dizer a você..)

de nenhum jeito novembro verá nossos adeus
quando chegar dezembro é óbvio o porque
ninguém quer ficar sozinho na época de natal
vem janeiro, nós estamos congelados por dentro
fazendo novas resoluções 1000 vezes
fevereiro você não vai ser minha namorada?
e nós ficaremos a salvos até St. Patrick´s Day

nós devemos dar uma volta hoje a noite pela cidade
e olhar em volta por todas as casas bonitas
alguma coisa no caminho a luz azul na noite escura
pode fazer você sentir mais

todo mundo parece para mim
apenas quer ser como eu e você

ninguém quer ficar sozinho na época de natal
vem janeiro, nós estamos congelados por dentro
fazendo novas resoluções 1000 vezes
fevereiro você não vai ser minha namorada?
e nós ficaremos a salvos até St. Patrick´s Day

e se nosso pra sempre é tudo que nós temos
e nós algum dia, levarmos isso embora
eu estarei bem... se isto for apenas até St. Patrick´s Day.

terça-feira, 11 de março de 2008

Música: Boa Noite - Djavan

Meu ar dominador dizia que eu ia ser seu dono
E nessa eu dancei!
Hoje no universo nada que brilha cega mais que seu nome
Fiquei mudo ao lhe conhecer
O que vi foi demais, vazou
Por toda selva do meu ser,
Nada ficou intacto
Na fronteira de um oásis,
Meu coração em paz se abalou
É surpresa demais que trazes,
'inda bem que sou flamengo
Mesmo quando ele não vai bem
Algo me diz em rubro-negro
Que sofrimento leva além,
Não existe amor sem medo
Boa noite!

Quem não tem pra quem se dar
O dia é igual à noite
Tempo parado no ar
Há dias, calor, insônia, oh noite
Quem ama vive a sonhar de dia, voar é do homem
Vida foi feita pra estar em dia,
Com a fome, com a fome, com a fome
Se vens lá das agruras ou paz
Oh, meu bem
Serei seu guia na terra
Na guerra ou no sossego, sua beleza é o cais
E eu sou o homem
Que pode lhe dar fidelidade

Minha vida por inteiro eu lhe dou...

sábado, 8 de março de 2008

Música: Suburban Days - Hard-Fi



Suburban days, they last so long,
In shop and office,
We sing our song we all sing
We ain't got nothing,

Nothing to do, a big fat nothing,
Nothing for me, Nothing for you

Suburban dreams, Just out of reach,
Work til you die, that's what they teach you at school,
With that in mind, what's there to lose?
My friends and I, doped up on tv fags and booze.

Hear them all singing

We're the ones you've forgotten,
But we will not be denied,
Coming out of the shadows,
We rock the satellites!

Suburban Nights, They get so hot,
People get angry, We sing our song we all sing

A Global terror they say, We are at war,
But I ain't got time for that cos,
These bills keep dropping through my door

All these people who, criticise us,
We're only saying what we're seeing with our own eyes

This one way system, Ain't paradise,
Not everybody, Wants to race, wants to fight

We're the ones you've forgotten,
But we will not be denied,
Coming out of the shadows,
We rock the satellites!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Música: Bom Dia, Anjo (Jair Oliveira)

Em lençóis brancos você dorme
E eu em meu canto te admiro
Em teu descanso você brilha
Em teus encantos, meus suspiros
Não acorde ainda, seja meu anjo
Guarde minha vida
Em teus lençóis brancos
Sonhe melodias e acorde cantando
Deixe que o dia siga teus planos
Quando acordar, bom dia
A madrugada vem te olhar tranqüila
E vai avisar o dia
Que pode te acordar
Bom dia, anjo

Poesia: Completa (Yvone Delpoio)

Meu coração está cheio de amor
Eu divido meu coração na metade
Com a metade do coração do meu amor
Que também tem metade do meu coração
Mas todo o meu amor

Na complexidade deste amor
E do mundo sem amor
Dividamos nosso amor com o mundo,
Cheios de esperança
Nós vencemos as pequenas quebras
Do encaixe dos nossos corações
Que completam um amor harmonioso e eterno
No universo que criamos

E só nós podemos dizer
Onde começa e quando termina
Só nós sabemos os sinais
De alegria ou até mesmo tristeza
Porque não há felicidade a todo minuto
Mas em um minuto
Podemos trazer felicidade a quem chora
Ao sorrir em meio à tristeza

Ao termos nossos corações ligados
Podemos sentir tão forte os batimentos
Sensíveis aos sentimentos do outro
Tudo se confunde, se entrelaça, se mistura
E se não houvesse essa união de corações
Seríamos vazios de alma
Faltaria-nos o essencial para sermos completos

A busca eterna do homem pela felicidade
É de sentir-se completo
Sentimento que temos quando amamos.
Quando digo que meu coração está cheio de amor
Estou dizendo que sinto-me inteiramente completa
Tanto no coração como na alma
E com alma completa
Experimento o universo
Intensamente!


Yvone Delpoio

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Texto: Quase - Sarah Westphal Batista da Silva

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto.
A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Texto: Saudade - Miguel Falabella*

Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade de um filho que estuda fora.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu,
Do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada;
se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial; se ela aprendeu a estacionar entre dois carros; se ele continua preferindo Malzebier; se ela continua preferindo suco de melancia; se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados; se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor; se ele continua cantando tão bem; se ela continua detestando o MC Donald's; se ele continua amando;
se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos; não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento; não saber como frear as lágrimas diante de uma música;
não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos.
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer...
Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você, provavelmente, está sentindo
agora depois que acabou de ler.


*Não tenho certeza se da autoria do Miguel Fabella ou não (sabe como é esses textos achados na internet!)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Música: Eu Quero Sempre Mais - Ira! (Edgar Scandura)

A minha vida,
Eu preciso mudar todo dia
Pra escapar
Da rotina dos meus desejos por seus beijos
Dos meus sonhos
Eu procuro acordar e perseguir meus sonhos
Mas a realidade que vem depois
Não é bem aquela que planejei

Eu quero sempre mais
Eu quero sempre mais
Eu espero sempre mais de ti

Por isso hoje estou tão triste
Porque querer está tão longe de poder
E quem eu quero está tão longe, longe de mim

Longe de mim
Longe de mim
Longe de mim

Amy Winehouse ao vivo em Londres

Amy Winehouse ao vivo
Amy Winehouse ao vivo

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Música: Só vejo a criola - Clube do Balanço (Bebeto)

Hei, criola
Pra todo lado que olho só vejo a criola
Hei, criola
Quem foi que te fez tão bonita assim, criola?
Maravilhosa, linda igual eu nunca vi
Desfilando em minha frente dentro de uma calça Lee
Oh Deusa negra de olhar cor de blue jeans
Tô querendo te abraçar
Pra te dizer que o negro é lindo
Hei, criola
Já fiz meu pedido a São Jorge por você, criola
Hei, criola
Eu vou batucar no terreiro pra te ter, criola
Hei, criola
Desse amor eu não desisto
Vou até pagar pra ver
Já mandei fazer feitiço
Eu não vou correr o risco
Eu não posso te perder, não, não...
Eu quero você do meu lado pra sempre, criola

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Música: Pontes Indestrutíveis (Charlie Brown Jr)

Buscando um novo rumo que faça sentido nesse mundo
Louco com o coração partido
Tomo cuidado para que os desequilibrados não abalem minha fé

Pra eu enfrentar com otimismo essa loucura
Os homens podem falar mais os anjos podem voar
Quem é de verdade sabe quem é de mentira
Não menospreze o dever que a consciência te impõe

Não deixe pra depois valorize a vida

Resgate suas forças e se sinta bem,
Rompendo a sombra da própria loucura.
Cuide de quem corre do seu lado e de quem te quer bem
Essa é a coisa mais pura


Fragmentos da realidade estilo mundo cão,
Tem gente que desanda por falta de opção.
Toda fé que eu tenho to ligado que ainda é pouco
Os bandidos de verdade tão em Brasília tudo solto
Eu faço da dificuldade a minha motivação
A volta por cima, vem na continuação.
O que se leva dessa vida é o que se vive o que se faz
Saber muito é muito pouco, "stay live" esteja em paz.

O que importa é se sentir bem,
o que importa é fazer o bem
Eu quero ver meu povo todo evoluir também.
O que importa é se sentir bem,

o que importa é fazer o bem
Eu quero ver meu povo todo prosperar também.


Difícil é entender e viver no paraíso perdido
Mais não seja mais um iludido
Derrotado e sem juízo, então...


Viver, viver e ser livre,
Saber dar valor para as coisas mais simples
Só o amor constrói pontes indestrutíveis.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Poesia: Sem Sentidos

A preguiça me leva para o nada
Já estou tão acostumada
Todo dia prefiro ficar calada
A me forçar a fazer algo errado
Submeter-me ao passado
Vou para cama apagar o pecado

Parecia ser engraçado
A platéia até sorria
Mal sabia que era ironia

Palavras ditas firmaram como um crucifixo
Quanto mais eu me mexo, mais eu me firo
Da boca o som que sai não é agradável
É comida podre que ficou no armário
Ainda há um vazio insuportável

As feridas abrem mais
Agora é tarde demais
Por não ter o faro aguçado
Só percebo o erro depois de tudo acabado


Yvone Delpoio

Poesia/Letra De Música: Talvez Não Foi Amor

Quero saber se está tudo bem com você
Hoje
Fiquei sabendo que está com nova namorada
Foi tão dificil entender que não tem mais jeito
Que nós não somos mais iguais

Acreditei tanto na volta
Nas voltas que o mundo faz
Mas não é dessa vez
Que o amor se refaz

Eu quero ser feliz
Quero que você seja feliz
Mesmo não sendo mais parte da mesma história

Eu vou tomar meu rumo agora
Encontrar alguém por hora
Mas você sempre vai estar na memória


Yvone Delpoio

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Música: Long Way 2 Go (Tradução) - Cassie

Eu amo quando eles tentam ficar íntimos
Até mesmo quando sabem que não to afim
(Você não tá afim?)
Eu não to afim
Eu já sei que eles jogam e já saquei tudo
Veja eu compro minhas bolsas, botas, e calças
Visto la rok com minha rebel yell embaixo
Você quer andar comigo?
Você ainda tem muito a seguir

Alega que é muito gostoso
E diz que tem habilidades no quarto
Você tenta paquerar, mas não sabe
Mesmo eu ainda te dando mole
Você diz que quer me encontrar
Pois sua namorada quer ser eu
Vou te falar porque não pode
Digo que você ainda tem muito a seguir

Diz que quer me amar?
Quer me amar?
Quer me tocar?
Pense duas vezes
Porque você ainda tem muito a seguir

Não sabe como agir
É melhor sair fora
É tipo assim
Você ainda tem muito a seguir
Não é tão profundo
Pega leve
Você quer me agradar?
Ainda tem muito a seguir
Sou uma menina má
Quer se aproximar?
Sai pra lá
Você ainda tem muito a seguir

Eu amo quando eles ficam escandalosos
Quando percebem que não podem comigo
Eles não podem com você?
Eles não podem comigo
Tente e me leve pra jantar
Eu cancelo
Primeiro, se quer me conhecer
Nunca deixe escapar pro lado pessoal
O que quero dizer é que
Você ainda tem muito a seguir


*Dedicada ao cara chato e insistente que não pára de me ligar*

Poesia: Olhos Apaixonados














No fundo dos seus olhos
Eu viajei em sua história
Como se fossem os meus
Vi o que viu com os seus

Senti a mesma alegria ao vê-lo contar
Nem ousava piscar
Para não perder o caminho

Se eu fechasse os olhos
Para imaginar a cena,
Eu não poderia sentir seu olhar
Me falando do mundo,
Mas antes de continuar
Você hesitou com um olhar profundo

Ao ver meus olhos penetrar os seus
Como uma virgem em sua primeira vez
Você também viu o fundo dos meus
Não poderia mais dizer nada
Pois se esqueceu

Como um adulto muito apressado
Que pára ao ver o olhar de uma criança com fome
Você parou ao ver meus olhos de fome
E na brincadeira de olhares
Tudo o que queremos é a boca
Os lábios, a língua, os dentes

As líguas se enroscam
Vão pra cima e pra baixo
De um lado pro outro
Alcançam o céu
Elas dançam incansávelmente

Os lábios se tocam
Fazem o pescoço girar
A mandíbula abrir e fechar
Grudam, desgrudam
Dão bitoquinhas

O gosto não é doce, não é amargo
Tem um sabor indecifrável
Que nem nossos olhos podem sentir,
Mas eles sempre estão a se encontrar
Para que a boca sinta o gosto
Do fundo dos olhos apaixonados


Yvone Delpoio

Música: Mais Uma Vez (Jota Quest)

Te tenho com a certeza
De que você pode ir
Te amo com a certeza
De que irá voltar

Pra gente ser feliz
Você surgiu e juntos
Conseguimos ir mais longe

Você dividiu comigo a sua história
E me ajudou a construir a minha
Hoje mais do que nunca somos dois
A nossa liberdade é o que nos prende

Viva todo o seu mundo
Sinta toda liberdade
E quando a hora chegar, volta...
Que nosso amor está acima das coisas desse mundo

Vai dizer que o tempo
Não parou naquele momento

Eu espero por você
O tempo que for
Pra ficarmos juntos
Mais uma vez

(Não parou naquele momento
Eu espero por você o tempo que for
Nós vamos ficar juntos, ficar juntos
Mais uma vez)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Música: Vai Saber (Marisa Monte)

Não vá pensando que determinou
Sobre o que só o amor pode saber
Só porque disse que não me quer
Não quer dizer que não vá querer

Pois tudo o que se sabe do amor
É que ele gosta muito de mudar
E pode aparecer onde ninguém ousaria supor

Só porque disse que de mim não pode gostar
Não quer dizer que não tenha do que duvidar
Pensando bem, pode mesmo
Chegar a se arrepender
E pode ser, então que seja tarde demais
Vai saber?

Não vá pensando que determinou
Sobre o que só o amor pode saber
Só porque disse que não me quer
Não quer dizer que não vá querer

Pois tudo o que se sabe do amor
É que ele gosta muito de se dar
E pode aparecer onde ninguém ousaria se por

Só porque disse que de mim não pode gostar
Não quer dizer que não tenha o que considerar
Pensando bem, pode mesmo
Chegar a se arrepender
E pode ser, então que seja tarde demais

Vai saber?


Não vá pensando que determinou
Sobre o que só o amor pode saber
Só porque disse que não me quer
Não quer dizer que não vá querer

Pois tudo o que se sabe do amor
É que ele gosta muito de jogar
E pode aparecer onde ninguém ousaria supor

Só porque disse que de mim não pode gostar
Não quer dizer que não venha reconsiderar
Pensando bem, pode mesmo
Chegar a se arrepender
E pode ser, então que seja tarde demais

Torcida Da Sua Vida (Carlos Drummond De Andrade)

Mesmo antes de nascer, já tinha alguém torcendo por você.
Tinha gente que torcia para você ser menino.
Outros torciam para você ser menina.

Torciam para você puxar a beleza da mãe, o bom humor do pai. Estavam torcendo para você nascer perfeito.
Daí continuaram torcendo...
Torceram pelo seu primeiro sorriso, pela primeira palavra , pelo primeiro passo.

O seu primeiro dia de escola foi a maior torcida.
E o primeiro gol, então?
E, de tanto torcerem por você, você aprendeu a torcer.
Começou a torcer para ganhar muitos presentes e flagrar Papai Noel.
Torcia o nariz para o quiabo e a escarola.

Mas torcia por hambúrguer e refrigerante.
Começou a torcer até para um time.

Provavelmente, nesse dia, você descobriu que tem gente que torce diferente de você.
Seus pais torciam para você comer de boca fechada, tomar banho, escovar os dentes, estudar inglês e piano.
Eles só estavam torcendo para você ser uma pessoa bacana.
Seus amigos torciam para você usar brinco, cabular aula, falar palavrão. Eles também estavam torcendo para você ser bacana.
Nessas horas, você só torcia para não ter nascido.
E por não saber pelo que você torcia, torcia torcido.

Torceu para seus irmãos se ferrarem, torceu para o mundo explodir.
E quando os hormônios começaram a torcer, torceu pelo primeiro beijo, pelo primeiro amasso.Depois começou a torcer pela sua liberdade.
Torcia para viajar com a turma, ficar até tarde na rua. Sua mãe só torcia para você chegar vivo em casa.
Passou a torcer o nariz para as roupas da sua irmã, para as idéias dos professores e para qualquer opinião dos seus pais.
Todo mundo queria era torcer o seu pescoço.
Foi quando até você começou a torcer pelo seu futuro.
Torceu para ser médico, músico, advogado...

Na dúvida, torceu para ser físico nuclear ou jogador de futebol.
Seus pais torciam para passar logo essa fase.
No dia do vestibular, uma grande torcida se formou.
Pais, avós, vizinhos, namoradas e todos os santos torceram por você.
Na faculdade, então, era torcida pra todo lado.
Para a direita, esquerda, contra a corrupção, a fome na Albânia e o preço da coxinha na cantina.

E, de torcida em torcida, um dia teve um torcicolo de tanto olhar para 'ela'...
Primeiro, torceu para ela não ter outro.
Torceu para ela não te achar muito baixo, muito alto, muito gordo, muito magro.
Descobriu que ela torcia igual a você.
E de repente vocês estavam torcendo para não acordar desse sonho.
Torceram para ganhar a geladeira, o microondas e a grana para a viagem de lua-de-mel.
E, daí pra frente, você entendeu que a vida é uma grande torcida.
Porque, mesmo antes do seu filho nascer, já tinha muita gente torcendo por ele.
Mesmo com toda essa torcida, pode ser que você ainda não tenha conquistado algumas coisas.
Mas muita gente ainda torce por você!

Ter Ou Não Ter Namorado, Eis A Questão (Artur Da Távola)

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabira, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorado mesmo é muito difícil.

Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio, e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.

Quem não tem namorado não é quem não tem amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento, dois amantes e um esposo; mesmo assim pode não ter nenhum namorado. Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche da padaria ou drible no trabalho.

Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar lagartixa e quem ama sem alegria.

Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade, ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de curar.

Não tem namorado quem não sabe dar o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora que passa o filme, da flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque, lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada, de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia, ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo, tapete mágico ou foguete interplanetário.

Não tem namorado quem não gosta de dormir, fazer sesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele; abobalhados de alegria pela lucidez do amor.

Não tem namorado quem não redescobre a criança e a do amado e vai com ela a parques, fliperamas, beira d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.

Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.

Não tem namorado quem ama sem se dedicar, quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.

Não tem namorado que confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.

Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando 200Kg de grilos e de medos. Ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesma e descubra o próprio jardim.

Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenção de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteio.

Se você não tem namorado é porque não enlouqueceu aquele pouquinho necessário para fazer a vida parar e, de repente, parecer que faz sentido.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Shine

Look outside
Tonight is a beautiful sky
Can you see the light?
Today I have a shine

And the reason is you
You are my moon
I am your star
We can live together (forever)
In a place no too far

In my heart
Oh! I can see, baby
Our love is free
And all that you need
I can give you from here

Believe, it´s true
Just what I want is you
And all this shine
It´s because
I´m with you

Let´s go out through the city
Brighten the dark streets
No thinking the world´s meaning
No worries, just living

I can just survive
With you unpretentious smile
And I feel so happy
Just to know you are mine

In my heart
Oh! I can see, baby
Our love is free
And all that you need
I can give you from here

Believe, it´s true
All that I want is you
And all my shine
It´s because
I have you



Yvone Delpoio