quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Música: Bom Dia, Anjo (Jair Oliveira)

Em lençóis brancos você dorme
E eu em meu canto te admiro
Em teu descanso você brilha
Em teus encantos, meus suspiros
Não acorde ainda, seja meu anjo
Guarde minha vida
Em teus lençóis brancos
Sonhe melodias e acorde cantando
Deixe que o dia siga teus planos
Quando acordar, bom dia
A madrugada vem te olhar tranqüila
E vai avisar o dia
Que pode te acordar
Bom dia, anjo

Poesia: Completa (Yvone Delpoio)

Meu coração está cheio de amor
Eu divido meu coração na metade
Com a metade do coração do meu amor
Que também tem metade do meu coração
Mas todo o meu amor

Na complexidade deste amor
E do mundo sem amor
Dividamos nosso amor com o mundo,
Cheios de esperança
Nós vencemos as pequenas quebras
Do encaixe dos nossos corações
Que completam um amor harmonioso e eterno
No universo que criamos

E só nós podemos dizer
Onde começa e quando termina
Só nós sabemos os sinais
De alegria ou até mesmo tristeza
Porque não há felicidade a todo minuto
Mas em um minuto
Podemos trazer felicidade a quem chora
Ao sorrir em meio à tristeza

Ao termos nossos corações ligados
Podemos sentir tão forte os batimentos
Sensíveis aos sentimentos do outro
Tudo se confunde, se entrelaça, se mistura
E se não houvesse essa união de corações
Seríamos vazios de alma
Faltaria-nos o essencial para sermos completos

A busca eterna do homem pela felicidade
É de sentir-se completo
Sentimento que temos quando amamos.
Quando digo que meu coração está cheio de amor
Estou dizendo que sinto-me inteiramente completa
Tanto no coração como na alma
E com alma completa
Experimento o universo
Intensamente!


Yvone Delpoio

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Texto: Quase - Sarah Westphal Batista da Silva

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto.
A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Texto: Saudade - Miguel Falabella*

Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade de um filho que estuda fora.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu,
Do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada;
se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial; se ela aprendeu a estacionar entre dois carros; se ele continua preferindo Malzebier; se ela continua preferindo suco de melancia; se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados; se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor; se ele continua cantando tão bem; se ela continua detestando o MC Donald's; se ele continua amando;
se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos; não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento; não saber como frear as lágrimas diante de uma música;
não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos.
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer...
Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você, provavelmente, está sentindo
agora depois que acabou de ler.


*Não tenho certeza se da autoria do Miguel Fabella ou não (sabe como é esses textos achados na internet!)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Música: Eu Quero Sempre Mais - Ira! (Edgar Scandura)

A minha vida,
Eu preciso mudar todo dia
Pra escapar
Da rotina dos meus desejos por seus beijos
Dos meus sonhos
Eu procuro acordar e perseguir meus sonhos
Mas a realidade que vem depois
Não é bem aquela que planejei

Eu quero sempre mais
Eu quero sempre mais
Eu espero sempre mais de ti

Por isso hoje estou tão triste
Porque querer está tão longe de poder
E quem eu quero está tão longe, longe de mim

Longe de mim
Longe de mim
Longe de mim

Amy Winehouse ao vivo em Londres

Amy Winehouse ao vivo
Amy Winehouse ao vivo