quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Morena

Sou sua morena,
de olhos castanhos
e pele escura.

Sou sua morena.
Aquela bem pequena,
que você deixou na chuva.

Você me olhou.
Eu te olhei
Não imaginei!
Que seria tão simples assim,
ter você só pra mim.
Que seria tão fácil assim,
te amar assim.

Eu estava sozinha, perdida.
Você sumiu naquela chuva
E fiquei a pensar,
se iria te reencontrar.
Mas o destino me guiou.
Um dia caminhando
você veio em minha direção
Mas que emoção!
"Que horas são?"

2:10, aquele tempo parou
2:10, meu coração acelerou
2:10, "mas que morena linda"
2:10, "porque está sozinha?"

Sou sua morena,
de olhos castanhos
e pele escura.

Sou sua morena.
Aquela bem pequena,
que você admirou na chuva.

Você me olhou.
Eu te olhei
Não imaginei!
Que seria tão simples assim,
ter você só pra mim.
Que seria tão fácil assim,
te amar assim.

Então um beijo me deu,
Um beijo me enlouqueceu,
Um beijo e ele é meu,
Um beijo me acolheu.
O beijo que ele me deu.

A pele estava molhada.
A chuva respingava na calçada.
Ele me beijava.
"Que bonita minha amada!"

O mundo parou pra nós dois
O vento soprou,
a chuva passou
e o sol apareceu.

A roupa secou,
a hora passou
e a gente esqueceu.

Sou sua morena,
de olhos castanhos
e pele escura.

Sou sua morena.
Aquela bem pequena,
que você beijou na chuva

Você me beijou.
Eu te beijei.
Não imaginei!
Que seria tão simples assim,
ter você só pra mim.
Que seria tão fácil assim,
te amar assim.


Yvone Delpoio

Jabuticaba

A sua pele tem gosto de jabuticaba,
Me acaba com o seu suor.
Me arranha, não me solta, não me larga.
Na sua cama, esquece o que vem depois.
A sua casa tem cheiro de rosa.
Cê fica assim toda cheia de prosa
E dengosa demais.
Aqui me sinto num conto-de-fadas.
Então me conta, por que o céu é azul?
Sei que você sabe porque é um anjo.
Mas não tem asa, Que nem aquela xícara quebrada de chá esfriando...
Então vem e me esquenta, me esquentar, me esquenta.
Faz aquela pose que só você sabe.
E eu me lembro
Do gosto de jabuticaba da sua pele.
Do cheiro de rosa na sua pele.
Seu suor colado na minha pele.
Hoje é nosso dia, não tem pra ninguém.
Eu e você fazendo hora...
Esticando o tempo
Que quer te levar.
Jabuticaba volta em novembro,
Depois daqui só ano que vem.


Yvone Delpoio

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Um amor maior que eu

Me dê mais que o amor que eu te dou,
Que eu te dou um amor bem maior
do que você vai me dar

E assim nosso amor vai ficar
tão melhor
Que você não vai mais querer acabar
com esse olhar tão feliz,

Tão feliz você está em poder me beijar
na luz do luar
Somos novos amantes sem entender
esse grande saber
Que não deixa esconder um andar de criança
brincando no paraíso

Mas que riso
tão bonito você tem
E ainda me vem
falar de coisas que eu não sei explicar

E eu ainda não aprendi a pedir
Mas de você eu só quero
um amor mais sincero

Ainda de longe poder me aquecer
Ao pensar que é meu
o mais puro Orfeu.


*Por Yvone Delpoio

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Onde está você?

Onde está você?
Apareça aqui para me ver
Eu vou gostar demais

Sabes onde estou
E nada mudou
Venha me dizer onde você andou

Eu andei sem te encontrar
Por quase todo lugar
Eu perguntava por ti

Teus passos sempre segui
Querendo te encontrar
Só para falar de amor

Frases que nunca falei
Carinhos que nunca fiz
Beijos que nunca te dei
O amor que te neguei
Agora eu quero te dar
E te fazer feliz.


Compositor: Zezum
Intérprete: Mariana Aydar

Caixinha de Música

Ela espera pela menina
No escuro, por sua chegada
Ela está ali parada
No silêncio, certa melancolia

Uma fresta de luz aparece
E aos poucos se abre
Numa delicadeza se levanta

O som do piano acompanha
Ela aparece como rainha
E então gira, gira
Como uma posição de guerra
O seu divino ataque
É o sorriso da menina
Admirável passos da bailarina
E então gira, gira

Já está um pouco tarde
Amanhã um grande dia
Ela parte mas com alegria
Pois seu fiel público a espera
E ela espera pela menina



*Por Yvone Delpoio

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Ansiedade

Sabe quando bate aquela ansiedade e você não sabe qual o motivo?
Pode ser um sentimento de felicidade, de medo, de sofrimento, de amor...
De apenas se sentir vivo!

E esses sentimentos se transformam em histórias que se entrelaçam, que se misturam com outros sentimentos... outras histórias...
E tudo vira uma coisa só. Tem aquela cor indefinida, até um pouco suja.
Mas ao mesmo tempo tudo fica tão nítido, tão puro, que você até passa a entender aquela ansiedade.
Só que ela é tão maior que você, que simplesmente você deixa levar.

Você não sabe, não pode e não consegue controlá-la.
Ela apenas vem. De repente.

Sem pedir pra chegar, ela invade e faz com que seu coração bata mais forte.
Ela faz chorar, rir, desesperar, brindar, tremer, contrair, descabelar.
Assim de um jeito sem roteiro, sem nem saber se, ao menos de... Nada!
Tudo junto ao mesmo tempo, fora do tempo.
E é engraçado como a vida é ansiosa.

Todos os dias você não sabe o que esperar do próximo dia.
E isso causa ansiedade.

A história, a nossa historia, que a gente não sabe como vai rolar.
É por isso que a gente gosta de história bem contada, com início, meio e, principalmente, fim.
Sim, o fim é o mais importante!
Nele há de concreto tudo de abstrato em nossas vidas.
Por isso meus caros amigos, é que agora eu posso dizer sem anseios da morte:
Meu fim certamente está por vir, mas enquanto eu estiver aqui...
Vocês terão ter de aguentar minha ansiedade de viver... feliz!



* Por Yvone Delpoio